ANISTIA NUNCA MAIS Manifesto Coletivo Nota Pública | Julho 2023

 



Anistiar Bolsonaro por seus crimes apenas com inelegibilidade é uma forma de impunidade


Entre 2019 e 2022 tivemos de conviver com um desgoverno que promoveu o maior genocídio de nossa história a partir da desastrosa e criminosa condução da pandemia de Covid-19. Isso fica evidenciado por sermos um país que possui 2,7% da população mundial e termos somado 10% das mortes no mundo.

Em 26 de outubro de 2021, a CPI da Covid-19 já apontava em suas conclusões materialidade suficiente à configuração de ações criminosas do governo, de crimes contra a saúde pública, de responsabilidade administrativa e dos crimes contra a humanidade; contudo, um grande acordo converteu-a em mero capital eleitoral.

O Brasil criou seus impasses por meio do esquecimento. A ferramenta da anistia sempre aparece na história das elites políticas brasileiras como uma forma de manutenção da impunidade, em que as soluções apresentadas tendem sempre ao apagamento.

Tivemos no final do mês de junho a conclusão do julgamento pelo TSE que declarou a inelegibilidade do ex-presidente da República. Entendemos ser a inelegibilidade apenas o primeiro passo, um ponto de partida; e não o ponto de chegada.

É absolutamente desproporcional e inaceitável que os crimes cometidos pelo governo Bolsonaro sejam esquecidos e colocados debaixo do tapete, tendo a declaração de inelegibilidade como um desfecho de um grande acordo político.

Em 1ª de abril deste ano realizamos, junto à diversos representantes da sociedade civil, um

Ato de entrega como marco das mais de 100 mil assinaturas coletadas em nosso abaixo-assinado, exigindo o julgamento do ex-presidente pelos crimes contra a saúde pública, de responsabilidade administrativa e pelo genocídio de povos indígenas.

Por isto mantemos hasteada a incansável bandeira de Anistia nunca mais e convidamos movimentos, partidos, associações, sindicatos e pessoas individualmente para construírem conosco o Tribunal Popular, para que não tenhamos mais um capítulo em nossa história de sufocamento da palavra.


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