Mensagem aos passantes
Marcelo Guimarães Lima
O golpe de 2016 contra a jovem e frágil democracia brasileira, isto é contra o povo e objetivamente contra a nação de modo geral, teve e tem por meta uma ambiciosa “mudança de regime”: da democracia apenas esboçada para uma “pós-democracia” que não pode ser outra coisa senão uma ditadura de fato sob roupagens parlamentar e jurídica, trazendo de volta as mesmas forças, os mesmos grupos, os personagens (iguais ou semelhantes) e, como tendência final (já esboçada na prática), as práticas e crimes correntes da ditadura militar de 1964.
A destruição do PT e sua figura principal é um dos objetivos centrais do golpe em curso como antessala da eliminação da vida política da esquerda como um todo e, igualmente, o controle ou mesmo a eliminação dos partidos e políticos de “centro” ou “centro-direita”, própria ou impropriamente considerados “populistas” e, portanto, pouco confiáveis para a nova ordem da “pós-democracia” ou seja, para um regime de organização e administração da exclusão política e social total e consumada: um regime totalitário em essência, solidário da ordem neoliberal global.
Já se disse que a perseguição abjeta, o processo judicial grotesco e a condenação absurda de Lula pelo juiz de 1a instância de Curitiba, Sérgio Moro, trouxe de volta ao centro da cena política nacional, de modo público e enfático, o ex-presidente como figura-chave da crise que o golpe jurídico-midiático de 2016 fomentou no país. Não é difícil imaginar um agravamento da crise tal que a classe detentora do poder no Brasil seria obrigada a apelar a Lula como a única figura pública capaz de acalmar os ânimos, apaziguar a revolta popular e nortear a sociedade na superação do caos institucionalizado pelos golpistas.
Numa rua do bairro de Pinheiros em São Paulo, um catador de papel escreve em sua carreta uma mensagem aos passantes: Lula Livre, Lula É Presidente, Inocente. Para a consciência popular está cada dia mais claro, em todos os níveis, que a prisão e o impedimento de Lula de candidatar-se na eleição que se aproxima é uma instância a mais da experiência cotidiana do apartheid social e político que estrutura as relações de classe na sociedade brasileira. Instância que, na sua especificidade, conecta de modo direto a experiência vivida da dominação na base da sociedade com o papel da superestrutura (política, jurídica e midiática) que organiza e administra a exclusão.
Haverá de fato a anunciada eleição? Sem Lula, filho e representante do povo, o favorito nas pesquisas, o processo essencial da democracia se revela como jogo de cartas marcadas, estruturado para garantir que o processo formal se torne de fato uma subtração e substituição da vontade popular.
O golpe de 2016 contra a jovem e frágil democracia brasileira, isto é contra o povo e objetivamente contra a nação de modo geral, teve e tem por meta uma ambiciosa “mudança de regime”: da democracia apenas esboçada para uma “pós-democracia” que não pode ser outra coisa senão uma ditadura de fato sob roupagens parlamentar e jurídica, trazendo de volta as mesmas forças, os mesmos grupos, os personagens (iguais ou semelhantes) e, como tendência final (já esboçada na prática), as práticas e crimes correntes da ditadura militar de 1964.
A destruição do PT e sua figura principal é um dos objetivos centrais do golpe em curso como antessala da eliminação da vida política da esquerda como um todo e, igualmente, o controle ou mesmo a eliminação dos partidos e políticos de “centro” ou “centro-direita”, própria ou impropriamente considerados “populistas” e, portanto, pouco confiáveis para a nova ordem da “pós-democracia” ou seja, para um regime de organização e administração da exclusão política e social total e consumada: um regime totalitário em essência, solidário da ordem neoliberal global.
Já se disse que a perseguição abjeta, o processo judicial grotesco e a condenação absurda de Lula pelo juiz de 1a instância de Curitiba, Sérgio Moro, trouxe de volta ao centro da cena política nacional, de modo público e enfático, o ex-presidente como figura-chave da crise que o golpe jurídico-midiático de 2016 fomentou no país. Não é difícil imaginar um agravamento da crise tal que a classe detentora do poder no Brasil seria obrigada a apelar a Lula como a única figura pública capaz de acalmar os ânimos, apaziguar a revolta popular e nortear a sociedade na superação do caos institucionalizado pelos golpistas.
Numa rua do bairro de Pinheiros em São Paulo, um catador de papel escreve em sua carreta uma mensagem aos passantes: Lula Livre, Lula É Presidente, Inocente. Para a consciência popular está cada dia mais claro, em todos os níveis, que a prisão e o impedimento de Lula de candidatar-se na eleição que se aproxima é uma instância a mais da experiência cotidiana do apartheid social e político que estrutura as relações de classe na sociedade brasileira. Instância que, na sua especificidade, conecta de modo direto a experiência vivida da dominação na base da sociedade com o papel da superestrutura (política, jurídica e midiática) que organiza e administra a exclusão.
Haverá de fato a anunciada eleição? Sem Lula, filho e representante do povo, o favorito nas pesquisas, o processo essencial da democracia se revela como jogo de cartas marcadas, estruturado para garantir que o processo formal se torne de fato uma subtração e substituição da vontade popular.
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