Bolsonaro e o fantasma Le Pen: #GolpistasNão !

Marcelo Guimarães Lima



A rejeição a Le Pen e sua agremiação fascista - o Front National, nas ultimas eleições presidenciais na França favoreceu, com o aval da mídia e da direita dita "civilizada" , a bem sucedida candidatura do neoliberal Macron. A rejeição a Bolsonaro repetirá no Brasil a estratégia de impulsionamento do candidato da mídia monopolizada, dos mentores e dirigentes golpistas e seus aliados, cúmplices e associados internos e externos?

O candidato Alckmin, desfavorecido nas pesquisas de intenção de voto,  tenta se posicionar como ponto de equilíbrio entre "extremos": Bolsonaro de um lado, o PT de outro. O que salta aos olhos no entanto, no texto repetido e na expressão do ex-governador de São Paulo nos videos da campanha, é a enorme dificuldade do sr Alckmin de desempenhar o papel de observador, analista e propositor equidistante no contexto atual da polarização criada e cultivada pelo golpe de 2016 no qual seu partido teve e tem ainda papel central.  O grotesco da tentativa, além de imediamente repulsiva, tem algo de constrangedor: onde o candidato soa sincero é justamente quando transparece o ódio de classe, o preconceito, o desprezo evidente do muy cristão político paulista em relação ao Partido dos Trabalhadores o qual, bem ou mal, encarna no presente contexto as aspirações das camadas populares e a oposição efetiva das massas, com maior ou menor grau de consciencia e articulação,  ao golpe e à política neoliberal que o candidato Alckmin representa, defende e pratica.

A frenética manipulação midiática e institucional (jurídica, legislativa, policial) que marca e deturpa o processo eleitoral em curso não será suficiente, creio, para o sucesso do programa golpista de institucionalizar a contra-democracia pela via eleitoral. Do mesmo modo, a eventual vitória da candidatura Haddad não será suficiente para derrotar o golpe e os golpistas.

Neste sentido, é fundamental que  a crescente mobilizacao do #EleNão, a repulsa aos fascismos e aos fascistas, se traduza pronta e efetivamente na consciência e nas iniciativas de seus participantes como #GolpistasNão.

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