A extrema-direita e a estratégia da provocação permanente.

Marcelo Guimarães Lima


Seguindo a cartilha da direita republicana / extrema-direita norte-americana (lá e cá esta continuidade prático-ideológica entre as “direitas” se expressa de modos ao mesmo tempo, específicos e similares), ao bolsonarismo resta hoje a provocação permanente como modo de sobrevivência e esperança de futuro. Contando igualmente com o auxílio do Partido da Imprensa Golpista na sua cruzada permanente contra o povo brasileiro, hoje contra o governo popular de Lula, e com a contribuição ativa e passiva dos chamados "conservadores" tradicionais, os herdeiros do nosso sui generis  "liberalismo - pau-no-lombo-do-povo", entronado pelo golpe civil-militar de 64, mais os neoliberais da Av. Faria Lima e vizinhanças que recondicionam no século XXI, com novas máscaras, o secular apartheid social-racial da formação histórica da nação. 


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O PL, partido de Bolsonaro e da Milícia, pediu a CASSAÇÃO DE NOSSO MANDATO com uma absurda representação no conselho de ética da Câmara. Também entraram com pedidos contra Fernanda Melchionna (PSOL), Celia Xakriabá (PSOL), Juliana Cardoso(PT), Talíria Petrone(PSOL) e Erika Kokay (PT). O partido do genocida e daqueles que odeiam as mulheres, quer silenciar as parlamentares feministas e combativas do Congresso. Isso só mostra o quanto as nossas vozes e lutas são necessárias e precisam se ampliar cada vez mais.

SÂMIA BOMFIM, Deputada Federal, PSOL

Nos ajude a derrotar esse ataque e dar um recado à eles, ASSINE E APOIE A MOBILIZAÇÃO em defesa de nossas lutas e contra os golpistas. Seguiremos firmes, juntas e venceremos.

https://samiabomfim.com.br/naoacassacao/


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Há bastante inconformidade dos derrotados de 2022 com as novas perspectivas que surgem com a eleição de Lula e com o ajuste de contas de parte da burguesia com os desmandos e as alucinações totalitárias de Bolsonaro e suas hordas neofascistas, os quais, de solução temporária contra o campo popular se tornaram, por incompetência e absoluta falta de modos e de moderação, um embaraço e um empecilho para a prática normalizada da dominação e para os negócios presentes e futuros as usual

A complexidade crescente das estruturas do poder mundial em reorganização, que a guerra da Ucrânia deixou claro, não pode mais ser simplesmente ignorada. Mesmo a classe dominante brasileira, pouco afeita a sutilezas no exercício do seu mando sobre as massas dos deserdados no país, entendeu ou simplesmente desconfiou que este é o caso. O contexto que possibilitou a eleição do Capitão do Baixo Clero não pode mais ser reproduzido tal e qual. E não será, mesmo com uma eventual eleição de Trump nos EUA. Para infelicidade e desorientação de alguns. 

 Assim, aquele político novato de extrema-direita, eleito na onda Bolsonaro, que se veste como caubói de fim de semana, tem sua identidade encarnada num chapelão-fetiche que lhe esconde a cabeça e ao que parece lhe tapa o entendimento, um adulto ou pós-adolescente que atende por um codinome de personagem de gibi ou de novela radiofônica, este político novato pede a intervenção dos EUA contra Maduro no Brasil! Que maior demonstração de patriotismo bolsonarista do que pedir a interferência direta do Tio Sam e suas tropas contra o governo eleito do Brasil?

 No mesmo diapasão, o Partido da Imprensa Golpista trata, contra as evidências e contra os novos ventos globais, de desacreditar o chefe de governo e sua administração, repetindo o passado recente na esperança de um novo golpe, isto é, na continuidade do regime golpista de Temer e Bolsonaro com algum novo protagonista.

 Como no passado recente, a dobradinha conservadora-neofascista não mede esforços para fabricar dificuldades e crises pouco importa o custo, que será pago, como sempre, pela população que não frequenta a Av. Faria Lima, não visita as chefias das redações ou os corredores de Brasília.

 Assim, as iniciativas pouco democráticas e, digamos auto valorativas dos parlamentares chefiados pelo Vice-Rei das Possessões do Ultramar Ocidental, o Sr. Arthur Lira, qual novo Eduardo Cunha, desfila seu poder inquestionável e impõe condições ao chefe do governo eleito. Mas, pés de barro cedo ou tarde deixam de sustentar personagens ilustres nas suas solenes aparições.

 A extrema-direita instala a sua CPI contra o MST, para evitar uma eventual verdadeira CPI anticorrupção institucional, que lhes seria fatal se pudesse de fato ser concretizada (por via das dúvidas, vide o atual destino do Capitão do Caos, melhor prevenir). Entre as suas várias provocações, estratégia única para manter sua minguante audiência radical, está a recente tentativa de cassação das deputadas do PSOL e do PT, Sâmia Bonfim (SP), Célia Xakriabá (MG), Talíria Petrone (RJ), Fernanda Melchionna (RS), Érika Kokay (DF) e Juliana Cardoso (SP) sob o pretexto de “quebra de decoro”! Proposição que, vinda do partido que tem entre seus representantes um chamado Zé Trovão, o sr. Ricardo Salles, o calouro Nikolas Ferreira, entre outros personagens semelhantes, soa como escárnio para com a opinião pública e mesmo para este congresso que não prima pela inteligência e civilidade.

 Esta iniciativa se soma, de maneira marginal no estilo e no conteúdo, às iniciativas de espírito e estilo golpista de destituir o atual governo de suas prerrogativas e poder constitucional, iniciativas dirigidas pelo sr. Arthur Lira, comandante do Centrão, velho compadre de Eduardo Cunha, fiel apoiador de Bolsonaro e fiador do inacreditável, mas realmente articulado “orçamento secreto”.

 Ao propor a cassação de mandatos das deputadas do PSOL, a extrema-direita tenta reagir e criar condições de barganha para defender seus representantes ameaçados de cassação. Malgrado o apoio do sr. Arthur Lira para a esdrúxula iniciativa do PL, a extrema-direita superestima sua força e suas reais capacidades. Agarra-se ao passado recente no qual ocupava a presidência e tinha o Partido da Imprensa Golpista como aliado incondicional.

 Assim como o próprio sr. Lira acredita poder simplesmente transferir a forma e o conteúdo do seu poder durante a presidência de Bolsonaro para o novo momento político. A eles será reservado, mais cedo do que tarde, o que na língua inglesa é designado como “rude awakening”, quer dizer, um súbito e incômodo despertar para uma nova realidade.

 

ASSINE O MANIFESTO EM DEFESA DAS DEPUTADAS DO PSOL E DO PT

 https://fernandapsol.com.br/naoacassacao/#preencha-com-seus-dados-e-assine-o-nosso-abaixo-assinado


https://aterraeredonda.com.br/provocacao-permanente/



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