O PJC – PARTIDO DO JORNALISMO CANALHA

 Marcelo Guimarães Lima

 

carro da Folha de S. Paulo incendiado na ditadura em retaliação ao apoio
do jornal à OBAN (tortura e morte de militantes contra a ditadura)


A designação “jornalismo canalha” não é minha, eu li em coluna do Brasil 247 e igualmente, se não me falha a memória de curta duração, no Diário do Centro do Mundo, junto com as qualificações “jornalismo bandido”, “jornalismo amarelo” e outras que podemos facilmente associar ao grotesco, insultuoso, velhaco e indigente editorial recente da Folha / Falha de S. Paulo, associando os nomes de Dilma Rousseff e Jair Bolsonaro, o popular Bozo, presidente “acidental” do Brasil.

Até as pedras (ou o asfalto) da rua Barão de Limeira em São Paulo sabem que a eleição do amigo dos milicianos foi em grande parte possibilitada pelo trabalho incansável do jornal dos Frias e, igualmente, pela dedicação de seus pares e companheiros os Marinho, Saad e demais “capi” da comunicação monopolizada no Brasil.

O Partido do Jornalismo Canalha, também conhecido como PIG – Partido da Imprensa Golpista, consegue surpreender quando nada mais se espera de seus editores e jornalistas em termos de credibilidade, decência básica e respeito, por mínimo que seja, aos seus leitores.

O PJC faz “oposição” de mentirinha à sua cria, o Jair. O PJC é agressivo defensor dos interesses dos rentistas, coalizão que não apenas representa mas da qual faz parte, já que os negócios jornalísticos de todas estas tradicionais famílias da imprensa brasileira não vão muito bem, e a coalizão  tenta exercer pressão e controlar a “sua” criatura por meio de reportagens e editoriais de escassa eficácia em se tratando do atual presidente e da conjuntura para a qual tanto contribuiram e contribuem os membros do PJC. O editorial da Folha / Falha de S. Paulo é um belo exemplo disto.

Jair Bolsonaro foi formado nas fileiras das forças armadas do Brasil durante a ditadura militar e nos longos anos em que passou em Brasília frequentou a UBCP, a Universidade do Baixo Clero Parlamentar. Dá impressão que Jair sabe mais de comunicação do que todo o PJC, seus jornalistas e editores: a ampla cobertura que a mídia golpista lhe concede é de tal modo generosa que mesmo as críticas “severas” servem ao popular Bozo para espalhar sua imagem assertivamente “popularesca” e “espontânea”, de tiozão do pedaço, passavelmente abilolado, aos quatro cantos do país. Imagem de tal modo “fulanizada” que serve de ampla cortina de fumaça para as todas as trapaças que o rentismo com inusitada crueldade e obstinação impõe, a mando dos donos do mundo e por interesses próprios, ao país e ao povo.

Se poderia dizer que Jair impõe o seu estilo baixo e a baixaria do seu modus operandi, típicos da sua origem e formação, aos seus atuais “ adversários” do PJC-PIG. Mas isso seria esquecer que a baixaria é parte essencial, constitutiva da natureza da classe dominante brasileira. Quando esquecemos disto, a classe dominante faz questão de nos lembrar de várias e contundentes maneiras: golpes de estado, por exemplo, ou editoriais.


recordar é viver:

Comissão da Verdade diz que a Folha emprestou carros para a ditadura - DCM 11/ 12/ 2014

 

 


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