O Partido da Imprensa Golpista chama o ladrão!!!

Marcelo Guimarães Lima






Para quem tem ao menos dois neurônios funcionando no cérebro, sempre foi claro e cristalino o sequestro da justiça no Brasil pelo pequeno juíz de Curitiba e seus parças do Ministério Público, Polícia Federal e abarcando até mesmo altas instâncias do judiciário brasileiro. Que insignes integrantes do Partido da Imprensa Golpista como a Folha de São Paulo e o Grupo Bandeirantes, golpistas de primeira hora, publiquem agora as gravíssimas denúncias e provas do Intercept, do jornalista norte-americano Glenn Greenwald, das ações golpistas, ilegais, criminosas de Moro e Dalanhol, Dalanhol e Moro, mais Santos Lima, o barbicha, a juíza Gabriela e demais coadjuvantes da grotesca farsa chamada de Lava Jato, merece dois segundos ou mais de reflexão.

“Moro e Dalanhol, Dalanhol e Moro” (como diz a canção da Orquestra Royal), fanfarrões conspiradores, aprendizes medíocres da guerra híbrida, agentes incompetentes do império, além da destruição que promoveram na frágil democracia brasileira, na economia nacional, nas instituições públicas, etc, solapam agora com seus descuidos próprios dos que somam arrogância, prepotência e cérebros de minhoca, as bases mesmas das estratégias e metodologias jurídico-golpistas tão carinhosa e cuidadosamente elaboradas pela matriz com generosos recursos internos e externos.

Moro e Dalanhol, Moro e STF, Moro e Globo, Moro e Bolsonaro, tantas relações carnais, identidades profundas, parcerias íntimas agora gravemente ameaçadas por contágio. A crise exigirá a amputação do membro infectado? Em relação ao Partido da Imprensa Golpista parece que este é o caso, ainda que a Globo teime no abraço, na ação salvadora desesperada que em geral termina com dois afogados, duas vítimas em vez de uma. Vivemos a crise do regime golpista, como observa o dirigente do PCO, Rui Costa Pimenta, ou apenas mais um episódio da sucessão de crises paralelas do desgoverno Bolsonaro? A pobre burguesia brasileira, que eu me lembro, nunca teve representantes e agentes de tamanha mediocridade, mas talvez possamos dizer que finalmente está fielmente representada.

O fato de parte importante do PIG juntar-se ao Intercept significa que Moro e Dalanhol, Dalanhol e Moro poderão ser sacrificados no altar do golpe. Tudo pode mudar para tudo continuar como está. A hipocrisia no Brasil é modo de vida, sistema estabelecido que, para seus beneficiários, não deverá ser abalado pela incompetência de alguns hipócritas. O golpe pode devorar seus agentes para continuar.

Mas não devemos minimizar o papel destas revelações do Intercept. Seguramente fruto de dissensão interna no golpismo que cobrou um altíssimo preço ao país. A falsa narrativa moralizadora exauriu-se. O que poderá substituí-la? Foi preciso um jornalista estrangeiro tomar a iniciativa de denunciar o conto de fadas da Lava-Jato. A oportunidade faz o jornalismo e o bom jornalista faz suas oportunidades. Cabe a pergunta: o que seria desta grave denúncia e documentação sem o Intercept?

Há quem veja a mão da omnipresente e omnisciente CIA e sua guerra híbrida universal no episódio e em alguns de seus atores principais como, por exemplo, o próprio Glenn Greenwald. É o caso de Romulus Maya do curioso Duplo Expresso, para quem este processo iniciaria, direcionando, uma segunda (ou terceira) fase do golpe com a destituição de Bolsonaro e o fechamento definitivo do regime golpista, a ditadura militar sem intermediários, sem fantasias eleitorais e justificativas “democráticas”.

Por outro lado, Rui Costa Pimenta observa que um sucessor golpista de Bolsonaro, civil ou militar, herdaria a crise de legitimidade junto com a crise institucional e a crise econômica, ou seja, hoje não há respostas nem saídas fáceis para os golpistas.

Se existe planejamento  tão detalhado e ardiloso nas direções golpistas internas e externas (e conspirações de fato existem como prova a denúncia da Lava-Jato) podemos observar que o mapa não é o terreno, assim como a planta não é o edifício. E que a internacional golpista, nos exemplos do Brasil e da Venezuela entre outros, não tem critérios muito apurados de escolha de seus agentes e representantes.

Vivemos tempos interessantes. Parafraseando o Grande Timoneiro diríamos:  há tempestade no horizonte- o tempo é propício!






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